quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Para começar...

           A filosofia e o homem caminham juntos. É um elo que existe desde a antiguidade. O homem sempre buscou o melhor para si e sua realidade, para isso, a filosofia foi e ainda é imprescindível.
          Falemos entao, sobre um assunto, que é discutido na filosofia, e ainda está presente nos nossos dias, que são as desigualdades sociais ... onde quer  que nós estejamos, afinal estamos inseridos no capitalismo, se pararmos para observar, veremos o rico "mandar" no pobre, o problema é que  muitas vezes não enxergamos isso, estamos alienados, acabamos nos acomodando, e as desigualdades permanecem. Mas essa história, já dura há muito tempo, e teve um homem, chamado Marx, e seu amigo Engels que tentaram mudar isso, e acabaram influenciando pessoas até os dias atuais. Mas primeiro, vamos conhece-lo, e conhecer suas idéias.

Biografia

Marx estudou direito nas universidades de Bonn e Berlim, mas sempre demonstrou mais interesse pela história e pela filosofia. Quando tinha 24 anos, começou a trabalhar como jornalista em Colônia, assinando artigos social-democratas que provocaram uma grande irritação nas autoridades do país.

Integrante de um grupo de jovens que tinham afinidade com a teoria pregada por Hegel (Georg Wilhelm Friedrich - um dos mais importantes e influentes filósofos alemães do século 19), Marx começou a ter mais familiaridade dos problemas econômicos que afetavam as nações quando trabalhava como jornalista.

Após o casamento com uma amiga de infância (Jenny von Westphalen), foi morar em Paris, onde lançou os "Anais Franco-Alemães", órgão principal dos hegelianos de esquerda. Foi em Paris que Marx conheceu Friedrich Engels, com o qual manteve amizade por toda a vida.

Na capital francesa, a produção de Marx tomou um grande impulso. Nesta época, redigiu "Contribuição à crítica da filosofia do direito de Hegel". Depois, contra os adeptos da teoria hegeliana, escreveu, com Engels, "A Sagrada Família", "Ideologia alemã" (texto publicado após a sua morte).

Depois de Paris, Marx morou em Bruxelas. Na capital da Bélgica, o economista intensificou os contatos com operários e participou de organizações clandestinas. Em 1848, Marx e Engels publicaram o "Manifesto do Partido Comunista", o primeiro esboço da teoria revolucionária que, anos mais tarde, seria denominada marxista.

Neste trabalho, Marx e Engels apresentam os fundamentos de um movimento de luta contra o capitalismo e defendem a construção de uma sociedade sem classe e sem Estado. No mesmo ano, foi expulso da Bélgica e voltou a morar em Colônia, onde lançou a "Nova Gazeta Renana", jornal onde escreveu muitos artigos favoráveis aos operários.

Expulso da Alemanha, foi morar refugiado em Londres, onde viveu na miséria. Foi na capital inglesa que Karl Marx intensificou os seus estudos de economia e de história e passou a escrever artigos para jornais dos Estados Unidos sobre política exterior.

Em 1864, foi co-fundador da "Associação Internacional dos Operários", que mais tarde receberia o nome de 1ª Internacional. Três anos mais tarde, publica o primeiro volume de sua obra-prima, "O Capital".

Depois, enquanto continuava trabalhando no livro que o tornaria conhecido em todo o mundo, Karl Marx participou ativamente da definição dos programas de partidos operários alemães. O segundo e o terceiro volumes do livro foram publicados por seu amigo Engels em 1885 e 1894.

Desiludido com as mortes de sua mulher (1881) e de sua filha Jenny (1883), Karl Marx morreu no dia 14 de março de 1883. Foi então que Engels reuniu toda a documentação deixada por Marx para atualizar "O Capital"

Principais obras

- A Diferença entre a Filosofia da Natureza
de Demócrito e a de Epicuro.
- Manifesto do Partido Comunista
- O Capital

O Capital, o principal trabalho de Karl Marx, custou-lhe mais de vinte anos de estudo e preparação. A obra serviu de argumento aos movimentos operários pelo mundo, decifrando o funcionamento do sistema capitalista a partir da luta de classes. O resultado é que O Capital, hoje, mais de um século após sua conclusão, está sempre presente nos mais diferentes espaços do estudo social e econômico.. A novidade maior de O Capital é seu método de exposição, que consiste em demonstrar a lógica do sistema capitalista, isto é, consiste em demonstrar as determinidades da aparência e da essência deste sistema, cuja manifestação do estranhamento se dá sob a forma do fetichismo da mercadoria e da consequente reificação das relações humanas. Aqui Marx vai revelar de que modo o capitalismo se apresenta às pessoas e como elas agem e interagem mediante tal percepção. Para ele não existem dois mundos diferentes: o da aparência e o da essência. Ao contrário, "aparência e essência são tratadas na sua forma histórica como se compõem no mundo do capital" (Teixeira, Pensando com Marx, p.38). Daí porque o fetichismo não é uma ilusão, mas tem uma existência e uma influencia real sobre os indivíduos, determinando assim uma sociabilidade estranhada, uma sociabilidade onde o valor de troca é a determinação das relações sociais, levando a um trabalho abstrato, estranhado, criador de valor de troca; apesar de não perder sua dimensão de criador de valor de uso, de categoria fundante do homem.


Principais teorias

o marxismo, ou materialismo histórico, cuja influência se tornou grande. Entre os pontos mais combativos dessa doutrina, além do aspecto de violência que prega, estão os seguintes:

a – a afirmação de ser a religião, bem como as noções de moral, pátria e família, nas mãos das classes dominantes, utilizadas como instrumentos destinados a manter as populações submissas e avessas a quaisquer transformações sociais;

b – o estabelecimento da ditadura do proletariado;

c – a existência da luta de classes, que divide a humanidade em campos opostos, luta que os marxistas acreditam ter constituído, até agora, uma fatalidade histórica;

d – a afirmação de que os fatores econômicos ou, em outros termos, as relações de produção entre os homens determinam os acontecimentos históricos e a evolução social.

Manifesto Comunista; MARX, Karl

 

Foi publicado pela primeira vez em 1848,e reflete a visão critica de Marx e Engels sobre o capitalismo, a luta e a necessidade da união dos proletários contra a burguesia.

Diz uma parte do “Manifesto”: “Não adianta, nas atuais condições políticas do mundo, querer fazer triunfar o regime socialista por processos progressistas ou persuasivos. Contra a força só pode vencer outra força maior. Os trabalhadores assalariados precisam, pois, assumir o poder pela violência e implantar a ditadura do proletariado, constituindo um governo que tomará conta de todas as terras e fábricas, ou, enfim, de todas as fontes de produção. Ninguém será proprietário de qualquer coisa que possa dar lucro, e todos, na medida de suas capacidades, trabalharão para o Estado, que procederá à divisão dos frutos desse trabalho.”

O texto critica a produção capitalista e as conseqüências de organização social que esse tipo de produção causou. Expõe concisamente a história do movimento operário, faz objeções a determinados setores do socialismo e termina com um apelo, pela união dos operários do mundo inteiro:

“Trabalhadores de todas as terras, uni-vos!”

Marx e Engels, nessa obra, disponibilizam instrumentos que nos fazem compreender as contradições da realidade em que vivemos
Pode-se afirmar, com certeza, de que este documentos é um magnífico instrumento para a humanidade, afinal abre os nossos olhos, e nos faz reagir ao  processo mecânico e a alineação do homem, contra sua perda da cidadania, de humanidade  e sua transformação em objeto explorado.

Para terminar...

Embora praticamente ignorado pelos estudiosos acadêmicos de sua época, Karl Marx é um dos pensadores que mais influenciaram a história da humanidade. O conjunto de suas idéias sociais, econômicas e políticas transformou as nações e criou blocos hegemônicos. Muitas de suas previsões ruíram com o tempo, mas o pensamento de Marx exerceu enorme influência sobre a história.  

   

"Seu nome perdurará através dos tempos, e assim será também o seu trabalho"